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Socorro às distribuidoras de energia elétrica terá mais bancos

ENERGIA

Mais cinco bancos entraram no consórcio que emprestará, após costuras feitas pelo Ministério da Fazenda para evitar um reajuste adicional neste ano, R$ 6,58 bilhões às distribuidoras de energia elétrica, na segunda operação de socorro às empresas do setor.

 

A primeira parcela do empréstimo será creditada na próxima terça-feira (19) depois de quase dois meses de negociação entre governo, bancos e empresas.

 

O governo já considera que as distribuidoras podem não usar o valor total do empréstimo, já que o preço da energia no mercado de curto prazo está em trajetória de queda nas últimas semanas. O movimento de recuo nos preços ocorre porque as chuvas estão aumentando e pela queda no consumo, com o crescimento mais baixo da economia brasileira.

 

Em caso de “sobras” no empréstimo, os recursos poderão ser usados para começar a amortizar antecipadamente o financiamento ou mesmo ficar como uma reserva para o próximo ano, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

A proposta de formação de uma reserva tem sido defendida pelas empresas nas negociações com o governo.

Com a entrada do Bank of America, JP Morgan, Credit Suisse, Banrisul e Banco de Brasília (BRB), subiu de oito para 13 o número de bancos que vão participar da segunda operação de socorro ao setor elétrico. Além do Banco Nacional de Desenvolvimento de Econômico e Social (BNDES), integram o consórcio outros sete bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual e Citibank. A participação do BNDES no empréstimo será de R$ 2,7 bilhões, e não de R$ 3 bilhões, como previsto inicialmente.

Consórcio

A lista dos bancos integrantes do consórcio de socorro às distribuidoras já havia sido anunciada na semana passada pelo Ministério da Fazenda, que confirmou ontem que a negociação foi concluída na última terça-feira. Os dez bancos que entraram no primeiro empréstimo, de R$ 11,2 bilhões, concedido em abril, participam novamente do segundo financiamento. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, que coordenou as negociações com os bancos, informou que não estão previstas novas operações de crédito para o setor elétrico.

Nos dois empréstimos, que somam R$ 17,78 bilhões, informou Caffarelli, a participação dos bancos públicos federais – Caixa, Banco do Brasil e BNDES — alcança 52,58%. O novo empréstimo tem carência até outubro de 2015 e pagamentos entre novembro de 2015 a novembro de 2017. O custo foi fixado em CDI (Certificado de Depósito Interbancário) mais 2,35% ao ano —, mais caro do que o negociado na primeira operação, de CDI mais 1,9%.

As duas operações de financiamento foram organizadas pelo governo para evitar um reajuste maior das tarifas de energia elétrica ainda este ano, por conta do custo adicional com o acionamento das usinas termoelétricas, provocado pela falta de chuvas.

 

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