O setor de energia no Brasil não apresenta um cenário favorável, devido à escassez de chuvas. Para o segundo semestre de 2014, de acordo com a comercializadora Trade Energy, o mercado livre não tem expectativas de redução dos preços no spot, já que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) deverá permanecer igual ou superior aos valores atualmente observados.
“Entretanto, o momento está sendo aproveitado para importantes discussões regulatórias do segmento como: a expansão para o mercado livre, os obstáculos à liberação mais ampla deste ambient e, além da permissão das distribuidoras para promoverem os próprios leilões de compras, com objetivo de eliminar futuramente sua exposição involuntária, entre outras questões”, afirma Walfrido Avila, presidente da Trade Energy.
Outro aspecto avaliado pela companhia é a tendência da elevação do PLD até, pelo menos, dezembro deste ano. “Já para 2015, há uma incógnita, mas os preços para contratos futuros, mais baixos que os atuais, mostram que o mercado espera um período úmido, ao menos, razoável”, acrescenta o executivo.
Com a finalidade de comprar energia com preços mais competitivos, a Trade Energy orienta seus clientes na contratação de longo prazo. “Devido às decisões erradas do governo em relação à política energética, deve haver uma explosão tarifária nos próximos anos”, declara Avila.
Questões como a necessidade de expansão para atendimento ao mercado livre e a destinação de cotas de energia das concessões de geração renovadas para o ambiente de contratação livre devem ser avaliadas. “O processo de revisão de energia garantida nesse ano pode afetar a oferta total de garantia física e, talvez, levar o governo a fazer leilões mais frequentes e com regras mais elásticas e adaptadas à realidade”, enfatiza o presidente.
A migração de novos consumidores ao ambiente livre não foi favorecida com os preços altos já praticados desde o início do ano, tanto que o número de consumidores quanto o do consumo total estão praticamente estáveis. “O crescimento econômico abaixo do esperado, aliado ao fato de que parte dos consumidores industriais estariam aproveitando a oportunidade para reduzir o co nsumo e liquidar o excedente junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), também influenciam neste cenário”, finaliza Avila.
Sobre a Trade Energy: é uma comercializadora independente com foco nos consumidores livres de energia elétrica e produtores independentes de energia. Tem grande experiência no setor, onde existe a possibilidade de gestão sobre este insumo, resultando custos menores e previsibilidade de preços futuros, o que garante economia e segurança com a contratação de energia elétrica. Fundada em 1998, a empresa foi uma das primeiras comercializadoras autorizadas pela ANEEL para atuar no mercado livre de energia e a ingressar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).