A ocorrência foi registrada às 14h03 na linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C3, de propriedade da Intesa, cujo controlador é o FIP Brasil.
Ainda segundo o ONS, na sequência, ocorreu outro curto-circuito na linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C2, de propriedade da Taesa, cujo controlador é a Cemig.
Segundo o comunicado oficial, as falhas foram eliminadas pelas proteções da linha e a energia começou a ser restabelecida às 14h41. Segundo o ONS, o processo de recomposição das cargas de energia foi concluído às 15h30.
“Após a configuração da perda dupla entre Miracema e Colinas e considerando que o
somatório dos fluxos nos três circuitos deste trecho, imediatamente antes dos
distúrbios, era de 3.400 MW, foi acionada a lógica de perda dupla do Esquema de
Controle de Emergência – ECE da interligação, comandando o desligamento do
circuito remanescente, de propriedade da Eletronorte”, informou o ONS.
Com a série de falhas, a linha de transmissão LT 500 kV Serra da Mesa 2 – Rio das Éguas foi desligada, separando fisicamente os sistemas Norte e Nordeste do restante do restante do país, provocando a queda no fornecimento de energia pelo país.
Mais de 3,5 milhões de consumidores foram afetados pela falta de energia em 11 estados. Em São Paulo, 1,2 milhão foram prejudicados, segundo a Eletropaulo. No Rio, 880 mil, informaram as concessionárias Light e Ampla.
Segundo a ONS, um curto-circuito
Confira a íntegra da nota do ONS:
“Às 14h03min do dia 04/02/2014, ocorreu um curto-circuito monofásico envolvendo a
fase A da linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C3, de propriedade do
agente de transmissão Intesa, cujo controlador é o FIP Brasil, sendo a falha eliminada pela atuação correta das proteções da linha.
Em seguida, ocorreu um curto-circuito bifásico-terra envolvendo as fases A e B da
linha de transmissão 500 kV Miracema – Colinas C2, de propriedade do agente de
transmissão Taesa, cujo controlador é a Cemig, sendo a falha eliminada pela atuação
correta das proteções da linha.
Após a configuração da perda dupla entre Miracema e Colinas e considerando que o
somatório dos fluxos nos três circuitos deste trecho, imediatamente antes dos
distúrbios, era de 3.400 MW, foi acionada a lógica de perda dupla do Esquema de
Controle de Emergência – ECE da interligação, comandando o desligamento do
circuito remanescente, de propriedade da Eletronorte.
Com a abertura da interligação Norte/Sudeste no trecho Miracema – Colinas, atuou o
Esquema de Controle de Emergência – ECE dessa interligação, desligando a LT 500
kV Serra da Mesa 2 – Rio das Éguas, separando fisicamente os sistemas Norte e
Nordeste do restante do restante do SIN.
Com a separação das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul da região Norte/Nordeste,
que antes da perturbação exportava energia, verificou-se déficit nas regiões
Sudeste/Centro-Oeste e Sul, com consequente queda na frequência elétrica,
conforme apresentado na curva inferior na figura a seguir.
A perda dessa interligação resultou em desequilíbrio geração x carga nas regiões
SE-CO e Sul, acarretando a atuação correta do 1º estágio do Esquema Regional de
Alívio de Carga – ERAC nessas regiões, desligando cerca de 5.000 MW de cargas.
Às 14:41h, a interligação foi restabelecida, dando-se início ao processo de
recomposição das cargas, cuja conclusão se deu às 15:30h.
A reunião para a análise desta ocorrência – RAP será realizada no Escritório Central
do ONS nesta quinta-feira, 06/02/2014 às 14h”.