A crise no setor elétrico, com o temor de falta de luz e os sucessivos aumentos na conta de energia elétrica, que deve ter um reajuste de 43,4% em 2015, segundo o Banco Central (BC), têm provocado uma verdadeira explosão na procura por soluções e fontes alternativas capazes de evitar problemas de abastecimento e ainda ajudar a reduzir os custos. Em Curitiba e Londrina, duas das cidades mais ricas e mais industrializadas do Paraná, a procura por grupos geradores de energia elétrica mais do que dobrou neste ano.
A START tem registrado uma alta de 100% na procura por grupos geradores de energia desde o começo do ano. O principal motivo para essa alta seria a possibilidade de economia com grupo gerador de energia elétrica. E em segundo lugar, estaria a preocupação com o risco de falta de energia elétrica, o que torna os geradores uma espécie de seguro, uma garantia.
Os principais interessados na compra de gerador de energia elétrica são empresas com alto consumo no horário de ponta (de 2ª a 6ª feira das 18 às 21 horas, ou das 19 horas às 22 horas no horário de verão). É que nesse horário uma indústria paga, no mínimo, R$ 1,50 o quiilowatt-hora (kWh) — em alguns casos, o valor pode passar de R$ 2. Com um grupo gerador de energia elétrica, o gasto do kWh no horário de ponta cai para R$ 1,20.
“O que se dá é que hoje a Copel trabalha com as bandeiras de tarifa. E as bandeiras verde e azul tem muita procura para o uso de grupo gerador de energia elétrica. Hoje, poucas tem conseguido uma economia de mais de 10% com o uso de gerador, mas dependendo de quanto a pessoa paga em energia, esse percentual já vai significar uma economia importante”, aponta Vieira. “E o pessoal também prioriza (o gerador) pela segurança. A Copel, além de aumentar constantemente o custo da energia, tem o risco de queda no horário de ponta, que é muito grande”, complementa.
Uma empresa que possui um grupo gerador de energia elétrica pode ter uma economia 30%. Uma estimativa razoável seria de uma economia em torno de 15%, mas em alguns casos pode chegar a até o dobro disso. Aí quando você olha a situação macroeconômica, com queda de faturamento por conta do mercado desaquecido, e o aumento no custo da energia, uma economia dessa se torna muito significativa.
Em fevereiro deste ano, inclusive, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, já havia defendido o uso de grupos geradores de energia próprios por grandes consumidores com o intuito de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, como uma forma de “mitigar a crise hídrica para não gerar uma crise energética”. De acordo com Pegoraro, o empresariado entendeu o recado.
“Está havendo um processo de reeducação, uma mudança de cultura. Isso já vinha acontecendo antes, mas de forma lenta. O medo de falta de energia e o aumento na conta fez acelerar esse processo de tomada de consciência”, afirma. “Nos últimos seis meses, quando começaram a vir os aumentos na conta, a procura por geradores de energia elétrica, que é nosso carro chefe, e soluções energéticas cresceu por volta de 100%”, finaliza.
Preço do quilowatt-hora (Valores médios)
Horário de Ponta R$ 1,50
Horário fora de ponta R$ 0,40
Grupo Gerador de energia elétrica R$ 1,20
Como escolher um Grupo Gerador de Energia Elétrica
**Se o Grupo gerador de Energia Elétrica for usado esporadicamente (quando faltar luz, por exemplo), o mais recomendado é um grupo gerador com menor custo benefício , que custa mais barato. Mas se for usar o equipamento com maior frequência, o ideal é um Grupo Gerador de energia elétrica com motor a diesel de alto desempenho, que é mais resistente e usa um combustível mais barato.
Saiba o que você pretende ligar. Equipamentos eletrônicos mais sensíveis, como TV ou computador, exigem que o grupo gerador de energia elétrica tenha um AVR regulador.
Some o consumo dos aparelhos que você deseja ligar, em Watts. Depois disso, escolha o gerador baseando-se na potência nominal.