Depois de o governo anunciar que a conta de luz havia ficado mais barata devido à suspensão das cobranças adicionais de bandeira vermelha e bandeira amarela – que podem voltar a ser cobradas em maio – a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou, na terça-feira (5), um aumento de 9,12% na tarifa da conta de luz dos mato-grossenses que já têm a tarifa mais cara do país. Esse aumento já está valendo desde a sexta-feira (8).
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, esse aumento é para cobrir os custos de aquisição e distribuição de energia, bem como os encargos setoriais.
Esse reajuste de 9,12% será pago pelos consumidores residenciais. O reajuste para as empresas foi um pouco menor, 7,58%.
Na prática, o reajuste para os mais de um milhão e trezentos mil domicílios do estado de Mato Grosso passa de R$ 0,46 por quilowatt/hora para R$ 0,50 por quilowatt/hora, ainda sem contabilizar impostos e demais encargos tributários.
O reajuste também atinge parte do estado de São Paulo e todo o estado do Mato Grosso do Sul, só que com alíquotas menores, de 7,19% e 7,55% respectivamente.
Esses aumentos começaram no fim de 2014 e desde então parecem que não vão mais parar de subir. Isso se deve a junção da má administração do preço feita pelo governo – que em 2012 anunciou uma redução histórica no preço da tarifa – e pela falta de chuvas nos grandes reservatórios das hidrelétricas. Com a falta de chuvas o governo precisou acionar as usinas termoelétricas que funcionam à base de queima de combustíveis fósseis – carvão, gás, óleo entre outros – e por outras fontes de calor – como a fissão nuclear – consequentemente deixando os custos de produção de energia mais caros.
Em tempos de crise econômica e política no Brasil, essa notícia não é nada boa nem para o governo, muito menos para a população, que terá que arcar com mais esse aumento. Portanto, se o consumidor mato-grossense pretende, mais uma vez, diminuir o consumo de energia elétrica para não comprometer o orçamento familiar com mais esse reajuste já está na hora de começar a economizar, pois o reajuste já está valendo.