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Prejuízos no setor de energia devem pesar na conta de luz em 2015

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Para compreender como essa dívida bilionária se formou é preciso entender como o setor energético funciona. No Brasil, as geradoras, as usinas hidrelétricas, por exemplo, produzem a energia e vendem para as distribuidoras, que entregam para nós, consumidores. É o governo que organiza, com leilões, a venda de energia das geradoras para as distribuidoras.

Ao fazer os leilões o governo estipula o preço máximo, porque quer garantir o menor preço possível para a população. Mas especialistas ouvidos pelo Jornal Nacional dizem que o governo quis preços baixos demais. Aí, nenhuma geradora entrou nos leilões e as distribuidoras não conseguiram contratar toda a energia que têm que entregar para os consumidores.

Sem contratos firmados nos leilões, as distribuidoras precisam recorrer ao chamado mercado livre, onde quem tem energia para vender oferece diretamente para quem quer comprar. E hoje só quem tem energia para vender são as usinas termoelétricas.

“O custo de energia de uma termoelétrica é muito mais caro que de uma usina hídrica ou uma eólica”, explica a consultora da Excelência Energética Selma Akemi Kawana.

As termoelétricas estão sendo usadas porque a mesma seca que ameaça o abastecimento de água na região Sudeste diminui a capacidade das hidrelétricas de gerar energia.

A situação é tão grave que até as próprias hidrelétricas estão comprando energia cara das termoelétricas, para cumprir os contratos. Mas as Usinas e as distribuidoras não puderam repassar para os clientes esse aumento nos custos.

Para aliviar o problema, o governo conseguiu que um conjunto de bancos emprestasse R$ 11 bilhões para as distribuidoras em abril. E agora, negocia um novo empréstimo de mais R$ 6,5 bilhões De acordo com os especialistas, essa conta vai sobrar para o consumidor.

“Vai chegar pro consumidor por meio de aumento de tarifa, aumento da conta de energia elétrica, em 2015 ou 2016. Ou por meio de aumento de tributos”, afirma a consultora da Excelência Energética Selma Akemi Kawana.

A Associação Brasileira de Companhias Elétricas diz que o momento é de torcer por chuva. Segundo ela, o Governo deveria ter feito leilões com preços mais realistas e investido em geração de energia.

“Todos nós queremos uma tarifa mais barata. Mas precisa ter cuidado para não pesar demais a mão. O investimento só vai ser feito se ele tiver um preço para compensar o risco do negócio”, explica o presidente da Associação Brasileira das Cias de Energia Elétrica Alexei Vivan.

A Agência Nacional de Energia Elétrica e o Ministério de Minas e Energia reconheceram que o custo dos empréstimos será repassado para os consumidores, ao longo de dois anos, a partir do ano que vem. Mas o ministério afirma que alguns fatores podem diminuir o impacto no aumento das tarifas. Em 2015 terminam alguns contratos de concessões de energia. E, segundo o ministério, pelas normas do novo regime, os novos contratos permitirão às geradoras fornecer a energia a um custo mais baixo. A outra expectativa é a previsão de chuvas para o ano que vem.

“E se o ano que vem, que começa no Sudeste, Centro-Oeste, que é o que tem o maior reservatório, é tivermos um regime ideológico favorável, que esperamos, certamente o custo da energia será bem menor. Então esse custo que está na tarifa alta, ele baixa para o patamar que está dentro da normalidade, então isso, por si só, já impacta de maneira positiva” diz Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel.

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