O diretor do Zoobotânico, José Renato, informou que o abastecimento de energia elétrica já foi restabelecido, mas o problema gerou vários prejuízos. Segundo ele, a limpeza dos recintos, o resfriamento dos recintos e a obra que está sendo feita no local ficaram prejudicadas porque as bombas de água não funcionaram. “Foi um Deus nos acuda. Os animais estavam todos estressados com o calor, porque já estão acostumados com o gotejamento de água durante as tardes, que diminui em até 3°C a temperatura”, completou o gestor.
O Zoobotânico de Teresina está sem energia elétrica há mais de três dias e os veterinários temem pela saúde e segurança dos bichos, já que o problema também afeta a distribuição de água e muda a rotina de alimentação.
Os animais de grande porte, que comem em dias alternados, passaram a comer porções todos os dias, para evitar que o alimento se estrague por falta de refrigeração. A comida agora é comprada apenas para um único dia, já que não tem como ser armazenada.
O fornecimento de água também está prejudicado porque os recintos são abastecidos através de poços tubulares. Na Lagoa dos Primatas, por exemplo, o nível da água desceu mais de meio metro. As bombas que sugam água estão paradas e, por isso, o sistema de aspersão usados nos recintos não funciona.
O problema da falta de energia se iniciou na última sexta-feira (5). A Eletrobras foi acionada e prometeu enviar uma equipe ao local ainda na sexta, mas até o momento os técnicos não chegaram.
O veterinário Alexandre Clark alerta para o agravamento dos problemas. “Isso vai desidratar o animal e pode causar outros transtornos, como a fuga, já que aqui ele não tem água. No caso dos ursos, eles estão mais estressados. Este é um período muito seco, ele ja se estressa naturalmente porque não é desse ambiente, dessa temperatura e agora ficou pior”, explicou.