A falta de energia elétrica pode ter contribuído para a demora no atendimento da unidade avançada do Samu (com médico e desfibrilador) a duas vítimas de infarto na segunda-feira (15) em Apucarana. As duas pessoas faleceram. A primeira morte aconteceu por volta das 10h52. O caminhoneiro Luiz Carlos Guimarães, de 55 anos, faleceu vítima de infarto.
O Siate dos Bombeiros foi acionado e a equipe esteve na Rua Albano Rizzo, no Jardim Flamingos, em Apucarana, mas conforme informações de familiares do homem, houve demora na chegada da viatura UTI Móvel do Samu, que tem equipe com médico e desfibrilador, imprescindível para este tipo de socorro.
Luiz teria passado mal e familiares dele não conseguiram contato com o telefone 192 do Samu, somente volta das 10h48 pelo telefone 193 dos Bombeiros, que atendiam a solicitação enquanto o rádio operador dos Bombeiros fez contato com o Samu via celular e repassou as informações do local da ocorrência. Mas quando a ambulância do Samu chegou ao local o caminhoneiro já havia falecido.
O corpo de Luiz é velado na Capela Mortuária de Apucarana e o sepultamento esta previsto para as 14 horas de terça-feira, no Cemitério Cristo Rei em Apucarana.
A segunda vítima fatal de infarto, Tereza de Melo Santos, 79 anos, estava na Rua Mato Grosso com a Rua Emiliano Perneta, no Jardim Ponta Grossa, por volta das 11 horas de segunda-feira. Não foi possível contato com o 192 do Samu e somente depois socorristas do Bombeiros informaram os socorristas do órgão sobre a necessidade da unidade avançada (UTI móvel) no local, mas a equipe ainda prestava atendimento no Jardim Flamingos.
O corpo de Tereza também é velado na Capela Mortuária de Apucarana e o sepultamento esta previsto para as 13 horas de terça-feira (16), no Cemitério da Saudade. Um dos principais motivos do não atendimento do telefone 192 do Samu seria a falta de energia elétrica que ocorreu na região da base do Samu, na Avenida Iguaçu, próximo à Prefeitura de Apucarana. A Copel não informou o motivo da falta de energia elétrica em parte do perímetro urbano de Apucarana. “Foi uma espera com agonia, que não desejamos para ninguém. É inaceitável que um resgate do tipo demore tanto”, reclamou um familiar de uma das pessoas mortas que pediu para não ser identificada.