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Custo da compra de energia deve impulsionar alta da tarifa

Com escassez de água neste ano, reajuste da conta de energia tende a ser significativo.

O tamanho do reajuste da conta de energia dos sul-mato-grossenses em 2015 depende, entre outros fatores, da intensidade das chuvas. Caso o volume não seja suficiente para atenuar os gastos da Enersul com a compra de energia, a alta deverá ser acentuada. A despesa na aquisição de energia representa o maior peso no cálculo da tarifa. E, neste ano, em razão do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, a Enersul, como ocorreu com as demais concessionárias, aumentou a compra das térmicas, elevando seus desembolsos.

No Brasil, a energia elétrica é gerada, sobretudo, pelas hidrelétricas. Essa produção ficou comprometida neste ano pela escassez de chuva, que reduziu os níveis de água nos reservatórios. As usinas térmicas foram, então, acionadas para suprir a demanda de consumo não atendida pelas hidrelétricas. A energia das términas, no entanto, é mais cara – conforme a Enersul, o valor médio é de R$ 350 por megawatt-hora (MWh) nas términas e de R$ 100/MWh nas hidrelétricas. Esta situação elevou os custos da concessionária, o que será considerado no cálculo de reajuste da conta de luz do consumidor.

A Enersul afirma que ainda é cedo para projetar o porcentual de reajuste, que só será aplicado no dia 8 de abril. “Ainda temos muito tempo até lá. Muita coisa pode acontecer”, disse o diretor técnico e comercial da empresa, Marcelo Vinhaes, referindo-se, principalmente, à possibilidade de ocorrência elevada de chuva no fim deste ano e início de 2015.

A concessionária reforçou esse posicionamento, afirmando não “ser possível fazer previsões do impacto no reajuste tarifário de 2015, considerando o cenário hidrológico do País, o acionamento das térmicas, entre outros fatores”.

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