Consumo no Ambiente de Contratação Livre (ACL) tem queda de 4% na comparação com setembro de 2013
O consumo médio de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN registrado em setembro de 2014 foi de 59.753 MW médios, sendo 45.030 MW médios (75%) no mercado regulado (ACR) e 14.723 MW médios (25%) no mercado livre (ACL). O montante total foi 0,42% superior ao patamar de consumo atingido no mesmo mês do ano passado. Já a geração elétrica no país somou 62.184 MW médios, com variação positiva de 0,82% no mesmo período, com destaque para a produção dos parques eólicos e das termelétricas. Os dados constam do InfoMercado Semanal, boletim que traz uma prévia da geração e do consumo de energia elétrica no país entre 1 e 30 de setembro de 2014. A medição prévia é registrada por 9.317 pontos conectados ao Sistema de Coleta de Dados de Energia – SCDE da CCEE.
Segundo o boletim, a produção das eólicas, de 1.891 MW médios, representa alta de 97% frente a setembro de 2013. O crescimento se explica pela entrada em operação comercial de novas centrais geradoras ao longo dos últimos 12 meses. Já as termelétricas, cuja geração subiu 32% em relação a setembro de 2013, foram mais acionadas em função do cenário hidrológico desfavorável. As usinas a gás representaram 38% da geração térmica (6.637 MW médios), seguidas pelas usinas movidas a biomassa, com 19% da participação (3.366 MW médios).
O InfoMercado semanal aponta que região Sudeste foi responsável por 55% do total produzido no país, com predominância das hidrelétricas (as usinas de Itaipu, Jirau e Santo Antônio são contabilizadas neste submercado). Em seguida, em termos de representatividade na geração, aparece o Sul com 21%, e o Nordeste com 14%. Além de concentrar 46% do total gerado por usinas termelétricas, o Nordeste também lidera a produção eólica com 81% de participação. O Norte, que participa com 9% na geração do SIN, tem produção predominantemente de usinas hidrelétricas.
Consumo
A maior concentração do consumo de energia elétrica em setembro foi no Sudeste, com 61% do total (36.186 MW médios), seguido pelo Sul, com 17% (10.094 MW médios) e o Nordeste, com 16% (9.368 MW médios).
Quando considerado apenas o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual atuam as empresas com grande demanda por energia, houve retração de 4% frente a setembro de 2013, o que reflete um cenário de queda na produção industrial no país.
O ramo de metalurgia e de produtos de metal, com 26% de participação, manteve-se como o com maior consumo de energia no mercado livre. Contudo, foi registrada queda de 10% no consumo neste segmento frente a setembro de 2013, sinalizando retração da produção dessas indústrias no período. A queda se justifica em virtude da sensibilidade do segmento eletrointensivo à variação do Preço da Liquidação das Diferenças- PLD, utilizado para valorar a energia no mercado de curto prazo.
O setor químico registrou 1.742 MW médios em consumo e manteve a segunda posição no ranking de consumo por ramo de atividade, mesmo com retração de 11% em relação ao mesmo período de 2013. O segmento que apresentou maior redução foi o de bebidas, com retração de 21%, frente ao mesmo período em 2013. Já o setor de extração de minerais metálicos registrou a maior alta no consumo, de 24%, atingindo 671 MW médios.
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